RELIGIÃO UMBANDA

Na Umbanda não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem mais sabe e ensinamos aqueles que sabem menos.

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe." (H. Jackson Brownk)


Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz.Conhecer a Umbanda é conhecer a simplicidade do Universo.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixas são emanações da Divindade, como todos os seres criados.

O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.

A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles

A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.

A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.

A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

"Tudo melhora por fora para quem cresce por dentro."

O que a Umbanda tem a oferecer?


Hoje em dia, quando falamos em religião, os questionamentos são diversos. A principal questão levantada refere-se à função da mesma nesse início de milênio.
Tentaremos nesse texto, de forma panorâmica, levantar e propor algumas reflexões a esse respeito, tendo como foco do nosso estudo a Umbanda.

O que a religião e, mais especificamente, a religião de Umbanda, pode oferecer a uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como ela pode contribuir junto ao ser
humano em sua busca por paz interior, desenvolvimento pessoal e auto-realização?
Quais são suas contribuições ou posições nos aspectos sociais, em relação aos
grandes problemas, paradoxos e dúvidas, que surgem na humanidade contemporânea?
Existe uma ponte entre Umbanda e ciência (?) _ algo indispensável e extremamente útil, nos dias de hoje, a estruturação de uma espiritualidade sadia.

O principal ponto de atuação de uma religião está nos aspectos subjetivos do “eu”. Antigamente, a religião estava diretamente ligada à lei, aos controles morais e definição de padrões étnicos de uma sociedade _ vide os dez mandamentos
e seu caráter legislativo, por exemplo. Hoje, mais que um padrão de comportamento, a religião deve procurar proporcionar “ferramentas reflexivas” ou
“direções” para as questões existenciais que afligem o ser humano. Em relação a isso, acreditamos ser riquíssimo o potencial de contribuição do universo umbandista, mas, para tanto, necessitamos que muitas questões, aspectos e
interfaces entre espiritualidade umbandista e outras religiões e ciência sejam desenvolvidos, contribuindo de forma efetiva para que a religião concretize um pensamento profundo e integral em relação ao ser humano, assumindo de vez uma
postura atual e vanguardista dentro do pensamento religioso. Entre essas questões, podemos citar:

_ Um estudo aprofundado dos rituais umbandistas, não apenas em seus aspectos “magísticos”, mas também em seus sentidos culturais, psíquicos e sociais. Como uma gira de Umbanda, através de seus ritos, cantos e danças, envolve-se com o
inconsciente das pessoas? Como podem colaborar para trabalhar aspectos “primitivos” tão reprimidos em uma sociedade pós-moderna como a nossa? Como os
ritos ganham um significado coletivo, e quais são esses significados? Grandes contribuições a sociologia e a antropologia podem dar à Umbanda.

_ Uma ponte entre as ciências da mente – como a psicanálise, psicologia – e a mediunidade, utilizando-se da última também como uma forma de explorar e conhecer o inconsciente humano. Mais do que isso, os aspectos psicoterápicos de
uma gira de Umbanda e suas manifestações tão míticas-arquetípicas. Ou será que nunca perceberemos como uma gira de “erê”, por exemplo, além do trabalho espiritual realizado, muitas vezes funciona como uma sessão de psicoterapia em
grupo?

_ A mediunidade como prática de autoconhecimento e porta para momentâneos estados alterados de consciência que contribuem para o vislumbre e o alcance permanente de estágios de consciência superiores. Além disso, por que não a
prática meditativa dentro da Umbanda (?) _ prática essa tão difundida pelas religiões orientais e que pesquisas recentes dentro da neurociência demonstram de forma inequívoca seus benefícios em relação à saúde física, emocional e
mental.

_ Uma proposta bem fundamentada de integração de corpo-mente-espírito.
Contribuição muito importante tanto em relação ao bem estar do indivíduo, como também dentro da medicina, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) hoje admite que as doenças tenham como causas uma série de fatores dentro de um paradigma bio-psíquico-social caminhando para uma visão ainda mais holística, uma visão bio-psíquico-sócio-espiritual.

_ O estudo comparativo entre religiões, com uma proposta de tolerância e respeito as mais diversas tradições. Por seu caráter sincrético, heterodoxo e anti-fundamentalista, a Umbanda tem um exemplo prático de paz as inúmeras
questões de conflitos étnico-religiosos que existem ao redor do mundo.

_ A liberdade de pensamento e de vida que a Umbanda dá as pessoas também deveria ser mais difundido, visto que isso se adapta muito bem ao modelo de espiritualidade que surge como tendência nesse começo de século XXI. Parece-nos
que a Umbanda há muito tempo deixou de lado a velha ortodoxia religiosa de “um
único pastor e único rebanho”, para uma visão heterodoxa de se pensar espiritualidade, onde ela assume diversas formas de acordo com o estágio de desenvolvimento consciencial de cada pessoa, o que vem de encontro – por exemplo
– com as idéias universalistas de Swami Vivekananda e seu discurso de “uma Verdade/Religião própria para cada pessoa na Terra”. E a Umbanda, assim como
muitas outras religiões, pode sim desenvolver essa multiplicidade na unidade.

_ O resgate do sagrado na natureza e o respeito ao planeta como um grande organismo vivo. Na antiga tradição yorubana tínhamos um Orixá chamado Onilé, que representava a Terra planeta, a mãe Terra. Mesmo que seu culto não tenha se
preservado, tanto nos candomblés atuais como na Umbanda, através de seus outros “irmãos” Orixás, o culto a natureza é preservado e, em uma época crítica em
termos ecológicos, a visão sagrada do planeta, dos mares, dos rios, das matas, dos animais, etc - ganha uma importância ideológica muito grande e dota a espiritualidade umbandista de uma consciência ecológica necessária.

_ O desenvolvimento de uma mística dentro da Umbanda, onde elementos pré-pessoais como os mitos e o pensamento mágico-animista, possam ser trabalhados dentro da racionalidade, levando até mesmo ao desenvolvimento de
aspectos transpessoais, transracionais e trans-éticos dentro da religião. A identificação do médium em transe com o Todo através do Orixá, a trans-ética que deve reger os trabalhos magísticos de Umbanda, os insights e a lucidez
verdadeira que levam a mente para picos além da razão e do alcance da linguagem, o fim da ilusão dualista para uma real compreensão monista através da iluminação, são exemplos de aspectos transpessoais que podem ser (e faltam ser)
desenvolvidos dentro da religião.

_ Os aspectos culturais, afinal Orixá é cultura, as entidades de Umbanda são cultura o sincretismo umbandista é cultura. Umbanda é cultura e é triste perceber o descaso, seja de pessoas não adeptas, como de umbandistas, que
simplesmente não compreendem a importância cultural da Umbanda e da herança afro-indígena na construção de uma identidade nacional. A arte em suas mais
variadas expressões tem na Umbanda um rico universo de inspiração. Cabe a ela apoiar e desenvolver mais aspectos de sua arte sacra.

Essas são, ao nosso entendimento, algumas das “questões-desafios” que a Umbanda tem pela frente, principalmente por ser uma religião nova, estabelecendo-se em um mundo extremamente multifacetado como o nosso. Muito mais
poderia e com certeza deve ser discutido e desenvolvido dentro dela.

Apenas por essa introdução já se pode perceber a complexidade da questão e como é impossível ter uma resposta definitiva a respeito de tudo isso. Muitos
podem achar que o que aqui foi dito esteja muito distante da realidade dos terreiros. Mas acreditamos que a discussão é pertinente, principalmente devido ao centenário, onde muito mais que festas, deveríamos aproveitar esse momento
para uma maior aproximação de ideais e pessoas, além de uma sólida estruturação do pensamento umbandista. Esperamos em outros textos abordar de forma mais profunda e propor algumas idéias a respeito das questões e relações aqui
levantas. Esperamos também que outros umbandistas desenvolvam esses ou outros aspectos que acharem relevantes e caminhemos juntos em busca de uma espiritualidade sadia, integral e lúcida.

"Fernando Sepe''


SORRIA....VOCÊ ESTÁ SENDO IDENTIFICADO!!!!

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Que a força do Amor esteja sempre com você...



Não Acredite em Algo

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Censo 2010 - Sou umbandista sim!!!

Estou repassando esta informação pelo grau de importância do Censo
para todos nós umbandistas, pois esperamos neste Censo - 2010
fazer a diferença. Estamos todos envolvidos em campanhas para conscientização
de que não somos católicos, nem espiritas. SOMOS UMBANDISTAS !!!
E vamos mostrar neste Censo que temos ORGULHO DE SER UMBANDISTA.
Segue abaixo informações sobre o Censo que começa em 1º de Agosto.
Parece que está longe, mas o importante é que este tema, Censo - 2010,
permaneça presente em nossas mentes e inspirando assuntos para que
mais e mais umbandistas passem a falar da importância de assumir a
identidade umbandista. E claro responder Sou Umbandista !!!
Quando alguém lhe perguntar qual a sua religião.

Alexandre Cumino - Sacerdote Umbandista

05/05/2010 - 11h56

Censo 2010 começa em 1º de agosto e poderá ser feito pela internet;
custo chega a quase R$ 2 bilhões


Do UOL Notícias*

Em São Paulo


O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou nesta quarta-feira (5), em Brasília, que os brasileiros começam a preencher os formulários do Censo 2010 em dia 1º de agosto, que terá um custo total de quase R$ 2 bilhões. Pela primeira vez, o censo será totalmente informatizado, e os entrevistados poderão optar por responder as perguntas pela internet. O último censo foi realizado em 2000.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão responsável pelo censo, dividirá todo o território brasileiro em 314 mil setores, cada um sob responsabilidade de um recenseador. Serão distribuídos 230 mil equipamentos de mão, pelos quais os recenseadores irão coletar as informações dos entrevistados e enviá-las a um computador central. Após o censo, os equipamentos deverão ser doados para escolas.

Se o entrevistado preferir, poderá responder as perguntas via web, mas mesmo assim terá que receber em casa o recenseador, que irá lhe informar uma senha de acesso e dará as orientações de como transmitir as informações. Segundo o ministro, contudo, a coleta de dados pela internet encontrará dificuldades em muitos lugares do país onde não há conexão de banda larga. Outra preocupação do ministério é em torno de um possível receio da população em receber os recenseadores em casa.

“Vamos ter que fazer uma campanha de conscientização, talvez envolvendo até o presidente Lula, para que as pessoas entendam qual é o papel do recenseador e os recebam bem. Às vezes as pessoas ficam desconfiadas, mas eles (os recenseadores) terão crachá, número, identificação, colete e boné”, afirmou Bernardo em entrevista coletiva.

De acordo com Eduardo Pereira Nunes, presidente do IBGE, todos os 58 milhões de domicílios brasileiros serão visitados. Atualmente, segundo Nunes, 23 mil agentes do instituto já estão nas ruas fazendo um inventário dos domicílios. A expectativa é de que até o final de 2010 sejam divulgados os dados mais básicos, como o tamanho da população, sexo, cor e a estrutura etária.

“Coletarmos informações das características dos domicílios, relações de parentesco, fecundidade, educação, renda, cor, raça, religião, línguas faladas, entre outras. Essas informações vão permitir, dentre outras coisas, definir o número de vereadores e os repasses aos municípios”, diz Nunes.

De acordo com o IBGE, o Censo terá dois tipos de questionários. O mais simples, com cerca de 15 perguntas, será direcionado à maioria dos cidadãos, que levarão de 10 a 15 minutos para respondê-lo. Já o questionário do tipo amostra será respondido apenas por parte das pessoas e terá mais de 100 perguntas. Neste caso, o tempo da entrevista será de 30 a 40 minutos.

*Com informações da Agência Brasil

RESPOSTA PARA A CRIS

PRECISAVA DE UMA PEQUENA AJUDA TUA...
1-COMO SE SABE O SANTO DE CABEÇA?
2-ISSO PERTENCE Á UMBANDA OU AO CAMDOMBLÉ?

É QUE NO TEMPLO QUE EU FREQUENTO NUNCA OUVI ISSO E ONTEM ME PERGUNTARAM COMO ISSO SE FAZIA...
JÁ AGORA OUTRA PERGUNTA O PAI OU MÃE DE SANTO NA UMBANDA DÁ CONSULTAS E DEITA OS BUZIOS? OU ISSO PERTENCE AO CAMDOMBLÉ?
AGRADECIA QUE ME TIRASSES ESSAS DUVIDAS, POIS TENHO UMA REDE ONDE TENHO UM GRUPO DE UMBANDA,E PARA TAMBEM EU APRENDER,GOSTARIA DE EXPLICAR COM A VERDADE AOS MEMBROS.É PORQUE QUANDO VOU PESQUIZAR NA NET TEM TANTA MENTIRA QUE A DADA ALTURA A GENTE JÁ NEM SABE NO QUE ACREDITAR...
BEIJOS QUERIDA E OBRIGADA
CRIS

Olá Cris....Saudações na luz de Oxalá!!!!!

Minha querida,falar sobre esse tema ainda implica um pouco de confusão,pois cada Terreiro tem seus próprios segmentos e meios de identificar o Orixá Regente da Coroa de seus médiuns.Particularmente falando,e de acordo com meu Pai Espiritual,a leitura pelos búzios pertence ao Candomblé .No nosso Terreiro não adotamos esse uso.Aqui,quem mostra o Orixá Regente é o Guia Chefe da casa;antes o médium faz alguns cursos sobre conhecimento íntimo,umbanda(teologia,fundamentos e procedimentos),mediunidade,desenvolvimento mediúnico ,banhos de amacis(Todos os Orixás),apresentação nos Pontos de Forças da Natureza,cambonagem e incorporação.Todos esses estudos em conjunto com o desenvolvimento do médium...Então,temos um Ritual de Coroação do Médium ,onde o seu Guia de Frente se apresenta e depois , o Guia Chefe passa para o médium a sua regência:Orixá de frente,adjunto e ancestral.

Enquanto isso não acontece, o médium faz suas firmezas normalmente (anjo de guarda, Orixá de frente e esquerda) e, no caso do Orixá, por ainda não ter a confirmação, a firmeza é feita com vela branca de sete dias consagrada (oferecida) ao "seu Orixá regente” sem citar nome, pois, se o médium não sabe quem é ele, ele (o Orixá) sabe quem é o médium. Quando o médium já incorpora, seu próprio Guia passa a orientação de como o médium deve proceder até a Coroação (e isso é respeitado por todos).

Outra coisa importante nessa questão é que, todos nós temos um Orixá de Frente que é o regente dessa encarnação, mas, somos regidos por todos os outros Orixás de acordo com nossa necessidade, por ex: se o meu Orixá é Mãe Iansã, mas estou passando por dificuldades no sentido amoroso (uma separação no casamento) então, o Orixá que estará mais presente é Pai Oxumaré (que atua no sentido de diluir uma união que não tem mais propósito e traz renovação nesse sentido da vida).Por isso, às vezes,os búzios mostram um Orixá que não é exatamente o seu e sim o que está mais presente devido ao seu problema....aí , se você jogar um tempo depois , aparece outro Orixá na regencia.

Amiga, espero que tenha sido útil...e entenda que cada casa tem seus procedimentos e o que eu disse aqui é referente ao meu Terreiro.Ninguém é dono da verdade , por isso creio que você deve ouvir várias opiniões e optar por aquela que mais lhe fale ao coração...Qualquer dúvida,conte comigo....beijos!!!!

RESPOSTA PARA O RODRIGO

Sabe me dizer um banho simples para agradar ao anjo da guarda com coisas que tenhamos em casa?

Olá Rodrigo....saudações na luz de Pai Oxalá!!!!!

Um banho bem simples para agradar seu Anjo da Guarda pode ser feito com pétalas de rosa branca.Antes do banho,faça uma prece e acenda uma vela branca oferecendo ao seu Anjo Guardião.

MAGIA DIVINA RISCADA

AVISO : Recomenda-se que leia as matérias sobre Magia Divina e sobre as Divindades e Tronos de Deus antes de iniciar esta leitura.

**** Apenas os iniciados podem fazê-la para outros, quem não for, somente poderá fazer para si mesmo. ****

A magia se escreve com signos, símbolos, traços retos e traços curvos.

Mas em verdade, escrever magia é abrir, numa superfície plana (uma madeira, uma lajota ou no próprio solo), um espaço mágico e afixar dentro dele as ondas vibratórias das divindades, riscando-as e ativando-as.

As ondas vibratórias dos Tronos são muitas e cada uma tem uma forma de fluir somente sua, ainda que todas se assemelhem.

Nós temos à nossa disposição ondas retas, ondas curvas, ondas raiadas, ondas espiraladas, ondas entrelaçadas, ondas cruzadas, ondas coronais, ondas caniculares, ondas bifurcadas, ondas tripolares, ondas tetrapolares, ondas pentapolares, ondas hexapolares, ondas heptapolares, ondas octopolares, ondas eneapolares, etc.

Enfim, existem muitos tipos de ondas vibratórias naturais, sendo que umas são ondas puras, outras são ondas mistas e outras são ondas compostas.

As ondas puras são transportadoras de energias, vibrações e magnetismos puros das divindades, conhecidas como ondas fatorais.

As ondas mistas são transportadoras de energias, vibrações, magnetismos complementares entre si, e são denominadas de ondas elementais.

As ondas compostas são as resultantes da fusão de muitos tipos de ondas puras ou de ondas mistas e são transportadoras de um amálgama energético, magnético e vibratório poderosíssimo.

Em magia, as ondas compostas são muito usadas e nós as fundimos dentro de um espaço mágico, riscando-as e ativando-as magisticamente.

Escrevemos vários tipos de ondas e, APÓS EVOCARMOS OS TRONOS QUE AS IRRADIAM naturalmente de si, ativamos um campo eletromagnético e criamos um pólo mágico vivo, capaz de irradiar-se e alcançar outros níveis vibratórios e outras dimensões da vida.

Cada onda vibratória escrita em um espaço mágico, assim que é ativada, liga-se à sua tela vibratória planetária multidimensional. Regida pelo Trono que a irradia de si mesmo e a sustenta totalmente apenas com seu poder mental.

Às vezes, nós não escrevemos toda uma onda vibratória que cruze os sete níveis vibratórios positivos e os sete negativos, mas sim, somente escrevemos uma pequena parte dela. Parte essa que denominamos de signo mágico.

Os signos mágicos são pequenos traços, mas que, em magia escrita, simbolizam uma onda vibratória completa e têm tanto poder de realização quanto elas. Nós os vemos nos antigos livros de magia.

Os magnetismos dos Tronos formam pólos eletromagnéticos com formas bem definidas, e que são os símbolos mágicos ou religiosos reunidos nos livros de simbologia à disposição dos leitores, mas aos quais faltam os fundamentos que os originaram. Dar uma interpretação pessoal a um símbolo é uma coisa. Interpretá-lo segundo seu real significado esotérico ou oculto, aí reside a diferença entre conhecimentos fundamentais e uma mera compilação.

As ondas vibratórias são as que formam as telas planetárias dos Tronos e nas quais refletem todos os nossos atos, palavras e pensamentos, onde são gravados e ficam impressos como nosso carma.

As ondas eletromagnéticas ou ondas transportadoras de energias são aquelas que fluem através dos níveis vibratórios das muitas dimensões e planos de vida existentes nesse nosso abençoado planeta.

A fusão de ondas puras ou mistas, que dão origem a signos, símbolos e ondas compostas compartilhadas por vários Tronos, torna impossível a identificação peremptória de qual deles é seu regente principal porque todos eles as irradiam naturalmente e as usam quando são evocados magisticamente.

Há livros de magia de pemba ou de pontos riscados que são compilados por pessoas que pesquisaram o assunto e vão colecionando os pontos de trabalho, de firmeza de descarga ou de corte de magias negras, todos riscados por guias de lei de Umbanda.

Nós, observando os pontos riscados, os vemos como verdadeiros. Mas apenas indicam a quem pertencem. E muitas vezes vemos que até isto está errado.

Esperamos que de agora em diante as confusões e interpretações errôneas cessem, e as pessoas interessadas por magia riscada aprendam que sem o conhecimento das ondas vibratórias, dos magnetismos, dos signos e dos símbolos sagrados dos Tronos, escrever sobre tais assuntos é pura especulação.

Saibam também que, quanto maior for a abertura mental dos médiuns, mais os guias da lei de Umbanda recorrem aos pontos riscados. E quanto menor for essa abertura, menos eles recorrem, deixando de usar um recurso poderosíssimo, que dispensa maiores esforços para cortar demandas e magias negativas e para descarregar os centros onde atuam e as pessoas que os consultam periodicamente, tornando muito trabalhosa a ajuda que dão aos que recorrem a eles.

O uso da magia riscada é antigo, porém os magos do passado riscavam sem conhecer os fundamentos por trás dos símbolos. Hoje, estes fundamentos foram abertos pelo Astral Superior.

Exemplo de uso

Esta magia é ótima para o direcionamento, para afastar espíritos perturbadores, para fortalecer o mental e para limpar os ambientes.

Em princípio, devem ter à mão giz ou pemba branca e uma vela branca e sete velas verdes, pois será usada a magia riscada em união com a magia das velas. Risquem no chão, ponham as velas nos lugares indicados, acendam-nas, ajoelhem-se e fiquem numa atitude de respeito e consideração.

Façam a seguinte evocação:

Eu evoco Deus, evoco seus Divinos Tronos, evoco sua Lei Maior e sua Justiça Divina, assim como evoco os Tronos aqui firmados* e peço que ativem este espaço mágico para que eu seja beneficiado nas minhas necessidades pelos poderes divinos aqui inscritos e firmados. (Após fazer esta evocação mágica, diga quais os benefícios desejados).

Permaneçam uns dez minutos ajoelhados ou no centro da mandal concentrados antes de irem cuidar dos afazeres mundanos.

Após as velas apagarem, pode limpar o chão que a magia continuará no lado etérico. Cuidado para que as velas não provoquem um incêndio. Podem pôr forminhas ou pires embaixo das velas.

Lembrem-se: esta magia é uma bondade que as Forças Superiores concederam a nós. Fazê-la não torna ninguém um iniciado na Magia. Tenham sempre em mente que, ainda que a magia divina não possa ser usada negativamente, só o fato de tentar usá-la desta maneira já descarrega sobre o seu usurpador as conseqüências cármicas de seu ato. Nunca queiram fazer o bem à força. Cada um tem o que merece. Quer ajudar os outros? Seja você mesmo um foco irradiador de luz. Apenas os iniciados podem fazê-la para outros, quem não for, somente poderá fazer para si mesmo.

Também não é condizente levar uma vida desregrada e depois achar que os Tronos cuidarão da sua vida. Quer um benefício? Seja digno dele.

* Esta é a evocação básica que todo mago divino utiliza antes de qualquer operação mágica. Por isso que a Magia Divina não tem um lado negativo.

[Na figura, não é necessário desenhar as bolinhas pretas nem as letras, elas são apenas legendas. No C (centro) ponha a vela branca e nos P (pontas) ponha as velas verdes. O desenho não precisa estar geometricamente perfeito, haja vista as condições do chão em que a magia será riscada, porém, faça-o o mais próximo possível do desenho.]

Fonte: Iniciação à Escrita Mágica Divina
Autor: Rubens Saraceni
Editora: Madras

MAGIA DIVINA DAS VELAS

AVISO : Recomenda-se que leia as matérias sobre Magia Divina e sobre as Divindades e Tronos de Deus antes de iniciar esta leitura.

As velas, em si, são um mistério religioso disseminado por todas as religiões do mundo e só algumas não a adotam. Mas se soubessem que elas têm uma utilidade importantíssima, com certeza também adotariam o seu uso durante os rituais.

As velas são um substituto muito prático às piras ardentes da antigüidade, nos remotíssimos cultos às divindades do fogo, saudadas com tochas ardentes ou fogueiras.

O fato é que as velas são um mistério em si e, quando acesas magística ou religiosamente, são um poderoso elemento religioso mágico, energético e vibratório que atua no espírito de quem receber sua irradiação ígnea.

O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas.

É essa capacidade das velas que as tornam elementos mágicos por excelência, pois por meio de suas irradiações e suas vibrações incandescentes é possível todo um intercâmbio energético com os seres que vivem em outras dimensões e com os espíritos estacionados nas esferas ou níveis vibratórios positivos e negativos.

Essa capacidade delas justifica seu uso até quando são acesas para o espírito de alguém que desencarnou, pois ele irá receber um fluxo luminoso, curador de seu corpo energético, fortalecedor de seu mental e terá seu emocional reequilibrado, caso tenha sido atraído pelo magnetismo de uma esfera ou nível vibratório negativo. Mas caso esteja em alguma esfera positiva e luminosa, também receberá o fluxo da vela do mesmo jeito, incorporando-o ao seu corpo energético e fortalecendo seu magnetismo mental.

Saibam que o fluxo irradiante de uma vela, se for ativado por sentimentos virtuosos, é muito positivo e gratificante a quem o receber.

Só que, no caso de quem ativa negativamente uma vela contra alguma pessoa ou espírito, acontece uma reação imediata e fulminante da Lei Maior e da Justiça Divina, pois quem a ativou perdeu sua própria luz e, com o tempo, a dor de quem foi atingido retornará e o atingirá com o rigor da lei.

Nem é necessário dizer que uma magia divina jamais poderá ser ativada com fins escusos. Ela simplesmente não funcionará, mas a reação virá do mesmo jeito.

Portanto, uma vela só deve ser acesa por um bom motivo e por sentimentos virtuosos, pois, na mesma proporção, a Lei Maior retribuirá com luz Divina quem deu luz a alguém necessitado ou merecedor de suas irradiações.

O ato de acender velas brancas ao Anjo da Guarda é muito positivo e funciona mesmo. Ele tanto a usará para atuar em favor da pessoa guardada por ele, quanto para energizar-se com uma irradiação ígnea poderosíssima, capaz de acelerar imediatamente suas vibrações e expandir suas irradiações mentais, pois como já comentamos, seu mental será fortalecido.

As velas usadas nos templos têm o poder de consumir as energias negativas e os miasmas que são descarregados pelos seus freqüentadores dentro de seu campo eletromagnético, assim como, num intercâmbio energético, recebem da divindade à qual foram consagradas um fluxo de energia Divina que se espalha pelo altar e irradia-se pelo espaço interno, alcançando quem se encontrar dentro dele.

Magisticamente, as velas criam passagens ou comunicações com outras dimensões da vida e tanto podem enviar-lhes suas energias, como podem retirar delas as que estão sendo necessárias a alguém.

Por isso, toda oferenda, ritual ou solicitação de auxílio às divindades e aos guias e protetores espirituais deve ser precedida do ato de acender uma ou várias velas, pois suas ondas serão usadas no retorno e trarão a quem oferendou ou solicitou auxílio um fluxo energético natural (de elemento), ou Divino (de divindade), ou espiritual (do espírito guia).

Em magia, o uso de velas é indispensável, porque são elas que projetam ou captam as energias mais sutis, assim como abrem campos eletromagnéticos limitados ao campo ativo delas, mas que interpenetram outras dimensões, esferas ou níveis vibratórios.

Quando um desses campos eletromagnéticos é aberto magisticamente, ele permanecerá ativo até que seja fechado ou redirecionado contra quem o ativou. Isso caso seja uma magia negativa, pois caso ela seja positiva, não há por que fechá-lo, certo?

O fato é que a umbanda e outras religiões recorrem intensamente ao uso das velas e as usam:

Para iluminar seus altares e suas casas das almas ou cruzeiros;

Quando oferendam às divindades ou aos guias protetores;

Para magias positivas ativadas para cortar demandas, magias negras, feitiços, encantamentos etc.

Os resultados são ótimos e, na maioria das vezes, benéficos, pois só se beneficia realmente quem é merecedor, já que o uso das velas atende a necessidades religiosas regidas pela Lei Maior e pela Justiça Divina em seus recursos mágicos.

Magias negativas, tais como acender vela preta em cima do nome ou da fotografia de alguém; escrever o nome de alguém em uma vela e depois acendê-la de ponta-cabeça; acender velas para amarrar marido, amante ou namorado; acender velas para fechar os caminhos ou as portas de alguém ou para afundar-lhe a vida são entendidas como fraqueza ou negatividade de quem o faz e não demora muito para que a Lei Maior e a Justiça Divina providenciem os merecidos choques de retorno ou punições exemplares a quem recorre a essas magias condenáveis.

Tudo é só uma questão de tempo, pois se podemos agir positivamente, então nada justifica o mau uso que dão às velas e aos mistérios mágicos negativos que são ativados quando são acesas com interesses mesquinhos ou desumanos.

Cor das velas e seus respectivos Tronos

Trono Masculino da Fé vela branca

Trono Feminino da Fé vela branca ou azul-escura

Trono Masculino do Amor vela branca ou azul-clara

Trono Feminino do Amor vela rosa ou azul

Trono Masculino do Conhecimento vela verde ou branca

Trono Feminino do Conhecimento vela magenta ou vermelha

Trono Masculino da Justiça vela branca, marrom ou vermelha

Trono Feminino da Justiça vela laranja

Trono Masculino da Lei vela branca, vermelha ou azul-escura

Trono Feminino da Lei vela amarela

Trono Masculino da Evolução vela branca ou violeta

Trono Feminino da Evolução vela branca ou lilás

Trono Masculino da Geração vela branca ou roxa

Trono Feminino da Geração vela branca ou azul-clara

Observação : as velas brancas e douradas podem ser usadas para todos os Tronos.

Exemplo de uso

Magia para anular ou descarregar de uma casa todas as energias negativas acumuladas dentro dela.

1. Acenda sete velas comuns coloridas em círculo, nesta ordem: branca, azul-escura, vermelha, amarela, laranja, violeta e marrom. Devem ser acesas em sentido horário.

2. Façam esta oração:

Eu evoco Deus, evoco seus Divinos Tronos, evoco sua Lei Maior e sua Justiça Divina, assim como evoco os Tronos aqui firmados* e peço que, pelos poderes evocados, todas as energias negativas existentes dentro desta casa sejam anuladas, descarregadas e queimadas dentro deste círculo mágico das Sete Chamas Sagradas. Também peço que caso tenha dentro dela ou com as pessoas que aqui vivem, espíritos obsessores, desequilibrados ou sofredores, então que eles sejam puxados para dentro deste círculo e sejam encaminhados aos seus devidos lugares de merecimento, deixando de sofrer ou de nos perturbar. Amém.

* Esta é a evocação básica que todo mago divino utiliza antes de qualquer operação mágica. Por isso que a Magia Divina não tem um lado negativo.

Fonte: Magia Divina das Velas
Autor: Rubens Saraceni
Editora: Madras

MAGIA DIVINA

A Magia Divina não recorre à nenhuma prática contrária à Vida, à Lei Maior e à Justiça Divina. A Magia Divina, ou Teurgia, é uma Magia Iniciática ou Alta Magia que pode ser praticada pelas pessoas, independentemente da formação doutrinária ou crença religiosa delas. Não pede nada mais que a crença em um Deus Criador e a crença em Hierarquias Divinas regidas pelas Divindades.

A Magia Divina não tem um “lado negativo” e os seus praticantes não recorrem aos mistérios opostos aos mistérios da luz. Ela não é “dual” e não tem nenhuma possibilidade de ser invertida e usada para prejudicar a quem quer que seja. Aliás, condena-se veementemente o uso das “magias negras” por pessoas que têm nela um meio de extravasar de forma covarde e traiçoeira seus sentimentos de ódio, ciúme, inveja e afins, já que elas estão afrontando as Leis de Deus e os princípios da Vida e devem ser vistas com piedade porque ainda não desenvolveram uma consciência e são pessoas emotivas e instintivas.

Na Magia Divina só se evocam poderes Divinos sustentadores da Vida e dos meios onde ela se sustenta e evolui e, justamente por esse caráter, a Magia Divina é um refreador poderoso de todas as formas de “magias negativas”. Seus praticantes não se intimidam diante dos supostos poderosos magos das trevas encarnados ou não.

A Magia Divina traz em si os meios (forças e poderes) capazes de purificar de forma positiva os espíritos à margem da Lei Maior e, também, de anular gradativamente o negativismo e a maldade das pessoas que a praticam, pois as livra das hordas trevosas que tanto auxiliam com têm nessas pobres pessoas seus portais encarnados. Mas a Magia Divina não se destina só ao combate incessante às investidas dos espíritos trevosos, já que um Mago iniciado usa dos conhecimentos que lhe foram transmitidos durante as suas aulas iniciatórias e usa dos poderes Divinos perante os quais se iniciou para plasmar no lado etérico toda uma aura luminosa e protetora das pessoas que a ele recorrem.

Aos magos iniciados também é ensinado como curar espíritos sofredores “encostados” nas pessoas, realizando isso unicamente através de procedimentos magísticos, dispensando o “transporte” ou incorporação deles para que sejam beneficiados com o auxílio indispensável para que retomem suas evoluções. Os espíritos mestres da Magia Divina acolhem todos os espíritos curados e abrigam todos eles em moradas espirituais destinadas ao amparo e ao esclarecimento deles.

Mas um mago iniciado na Magia Divina realiza mais que isso e tem o conhecimento indispensável e outorga Divina necessários para atuar nos corpos espirituais das pessoas atendidas por ele, e é capaz de alcançar seus níveis mais profundos e realizar “cirurgias espirituais” durante as quais são retirados desses corpos profundos “inclusões” nocivas ao bem-estar delas.

Todo o trabalho magístico realizado por um Mago praticante da Magia Divina visa ao benefício das pessoas atendidas por ele.

Assim, a Magia Divina é um bem Divino, colocada à disposição de todos os que desejarem praticá-la com fé, amor, respeito, confiança e determinação. Com sua dinâmica própria, adapta-se às necessidades dos seus praticantes, não obrigando ninguém a renunciar ao seu modo de ser, pensar ou agir.

No estudo da Magia Divina, o iniciado é “apresentado” a Deus e às suas divindades, e na sua iniciação consagra-se a Ele como Seu servo, Mago e instrumento de Sua Lei Maior e da Sua Justiça Divina, sempre pronto para serví-lO quando for necessária a sua atuação magística.

O Mago praticante de Magia Divina é um servo de Deus, da Sua Lei Maior e da Sua Justiça Divina e, consciente disso, não espera para si maiores benefícios que os que Ele concedeu-lhe quando o criou. E não alimenta o sentimento de superioridade porque sabe que não o é em momento algum ante os olhos de Deus.

Um praticante da Magia Divina sente-se um irmão da humanidade e trabalha magisticamente em benefício dela, não esmorecendo em momento algum e não se deixando abater ante as dificuldades e os infortúnios que visam prová-lo e a desenvolver a boa têmpera, indispensável a todo servo de Deus e instrumento da Sua Lei Maior e da Sua Justiça Divina.

A Magia Divina é a manifestação de uma poderosa vontade superior, emanada pelo Divino Criador e por Suas Divindades, vontade essa que foi trazida dos mais elevados níveis vibracionais da criação por um grupos de espíritos ascencionados liderados pelos amados mestres Magos da Luz, sempre amparados pelas Divindades emanadoras dessa vontade superior, e que são os sagrados Tronos de Deus!

Os graus da Magia Divina são em número de 77 mas serão descritos apenas 22 :

· Magia das Sete Chamas Sagradas

· Magia das Sete Pedras Sagradas

· Magia das Sete Ervas Sagradas

· Magia dos Raios Sagrados

· Magia das Sete Espadas Sagradas

· Magia do Tempo

· Magia Telúrica

· Magia Eólica

· Magia das Sete Cruzes Sagradas

· Magia dos Sete Escudos Sagrados

· Magia Aquática

· Magia dos Gênios

· Magia dos Elementais

· Magia Energética

· Magia das Sete Lanças Sagradas

· Magia das Sete Flechas Sagradas

· Magia do Pó

· Magia Angélica

· Magia Arcangélica

· Magia das Sete Estrelas Sagradas

· Magia das Sete Pembas Sagradas

· Magia dos Sete Triângulos Sagrados

O primeiro grau fundamental é a Magia do Fogo ou Magia Divina das Sete Chamas Sagradas. Sua simplicidade e facilidade de apreensão são as responsáveis pela sua receptividade entre os adeptos da Magia, e a sua praticidade abre as portas para seus praticantes trabalharem com ela onde quer que estejam, já que dispensa paramentos e rituais que dificultariam sua aplicação.

O Mago praticante da Magia Divina é alguém que trabalha onde deseja, já que ele é o elemento ativo dessa Magia. Ele é o seu depositário; é o seu ativador e é o instrumento da Lei Maior e da Justiça Divina, praticando-a onde e quando achar necessário.

Fonte: O Código da escrita Mágica Simbólica
Autor: Rubens Saraceni
Editora: Madras

MAGIA

Inicialmente, o que é magia? Entre tantas interpretações, magia é o ato de evocar poderes e mistérios de Deus e colocá-los em ação. Do mesmo jeito que a ciência evoca os “poderes” da física – que é um mistério da natureza – e os põe em ação através da engenharia. Da teoria elétrica sai a engenharia que fabrica computadores. Analogamente, da teoria divina sai a magia.

Assim, percebemos que a magia, contrariamente à religião, não obriga os seus adeptos a crerem em determinados dogmas para serem aceitos como magos. Ninguém é obrigado a crer na – ou mesmo entender - física para utilizar de seus benefícios : quantos de nós usamos telefones celulares sem sequer saber o que se passa por trás de todo esse mecanismo? E só por causa disso, a física deixaria de funcionar? É claro que não! A física funciona independente de nossa crença ou entendimento. Assim também o é com a magia.

Deste modo, a magia “x” não é rival nem se acha dona da verdade em relação à magia “y”. Apenas abordam conceitos diferentes mas não obrigatoriamente divergentes.

No entanto, a magia trabalha com o íntimo de cada ser, com suas faculdades mentais a saber : fé, ou força de vontade, e moralidade – ou polarização.

Quanto maior a sua fé na magia, mais ela se intensifica.

Quanto maior a sua moralidade, mais ela se polariza.

Talvez me perguntem : “mas você não disse agora há pouco que magia não é religião?” Exatamente! Eu posso ser um mago umbandista, um mago católico (como Eliphas Levi), um mago muçulmano, um mago judeu (os cabalistas) ou até mesmo – pasmem! – um mago ateu. Se bem que os magos ateus são aqueles magos inconscientes de seu próprio poder de realização.

A magia não te obriga a crer, você crê por si mesmo na magia.

Ora, então o que é fé? Fé é a crença ou certeza de que algo agirá conforme suas aspirações mesmo sem ter como provar o fato.

Moralidade, ou polarização, é a tendência a um dos grandes pólos universais : yin ou yang, luz ou trevas, bem ou mal.

Assim temos várias combinações : uma pessoa com muita fé, porém negativa, acaba se tornando um poderoso mago das trevas. Uma pessoa com pouca fé, porém positiva, acaba se tornando um medíocre mago da luz. E por aí vai.

Chegamos então ao divisor de águas, pois o mago de verdade - ou seja, aquele sintonizado com as Forças Supremas - é aquele que utiliza a sua fé poderosa conforme os desígnios da Lei Maior e da Justiça Divina.

O que diz a Lei Maior? “Cada um pode semear o que quiser, mas com certeza colherá os frutos de suas semeaduras, sejam doces ou amargos.”

O que diz a Justiça Divina? “Quem deve paga, quem merece recebe.”

Como não é nosso propósito ensinar a polaridade negativa – pois o mundo já está cheio dela e por causa dela o mundo já está de “saco cheio” – ensinaremos então um pouco da Magia Divina em um outro artigo.

Fonte:
André Moura "Servo do Supremo"
Texto com trechos do livro:
Magia Divina das Velas
Autor: Rubens Saraceni

DIVINDADES DE DEUS

As Divindades são mistérios e não devemos entendê-las segundo nosso antropomorfismo, que as descreve à imagem dos homens.

Sim, as religiões antigas deram às divindades descrições muito “humanas” e quando falamos que elas são mistérios Divinos, muitos tendem a imaginá-las “humanamente”.

Quando falamos em mistério como sinônimo de Divindade de Deus, estamos nos referindo à manifestação d´Ele nos seus mistérios Divinos, tanto os criadores quanto os sustentadores da criação e dos seres.

Uma Divindade transcende nosso conceito humano e é, em si, uma manifestação (um mistério) do Divino Criador, e que independe de nossa vontade para existir e atuar em toda a criação por meio de uma “freqüência” só sua, pela qual flui seu poder realizador. Uma Divindade não atua só sobre nós, que vivemos no plano material. Ela atua em toda a criação, tanto no lado material quanto no espiritual, em suas muitas dimensões e planos da vida, que se espalham por todo o universo, infinito em todos os sentidos.

O que muitos pensam ser um mistério são só seres de natureza Divina manifestadores dos mistérios. O mistério da fé não tem feições porque é o que é : o mistério da fé do nosso Divino Criador, e é, em si, uma das manifestações d´Ele, o Senhor dos mistérios.

Mas muitos são os seres de naturezas Divinas que manifestam esse mistério da fé do nosso Divino Criador.

Os mistérios do amor, do conhecimento, da justiça, da lei, da evolução e da geração não têm feições humanas ou outra qualquer, pois são em si mesmos manifestações do nosso Divino Criador. Mas muitos, muitíssimos mesmo, são os seres de natureza Divina que manifestam esses mistérios.

Esses seres Divinos nós denominamos Divindades manifestadoras dos mistérios do nosso Divino Criador.

As hierarquias das divindades são muitas e tão numerosas que nunca saberemos o número de seres Divinos agregados a cada uma delas, já que as encontramos desde o nível vibratório mais próximo da nossa vibração “terra” até os níveis mais elevados da criação.

Em todo nível, dimensão ou plano da vida elas estão presentes, ativas e atuantes, regendo tudo e todos, indistintamente.

Fonte: O Código da escrita Mágica Simbólica
Autor: Rubens Saraceni
Editora: Madras

OS TRONOS DE DEUS

Os Senhores da Magia Divina

Os Tronos de Deus são uma classe de divindades (ver Divindades de Deus) entre as várias que conhecemos, e que são estas : anjos, arcanjos, serafins, querubins, dominações, potências, gênios, devas, etc.

Os Tronos são um tanto desconhecidos porque pouco foi escrito sobre eles nos textos sagrados. Nós temos à nossa disposição uma vasta literatura sobre os anjos e os arcanjos da cabala judaica. Mas nada, ou quase nada, tínhamos sobre os Tronos de Deus.

Um Trono é uma divindade “assentada” e por isso o seu nome : Trono.

Após certas revelações, ficou-se sabendo que esta classe de divindades é muito mais importante para nós do que parece à primeira vista, pois os Tronos são os seres Divinos que dão sustentação à evolução dos espíritos desde o momento em que Deus os emana para que iniciem seus ciclos evolutivos, durante os quais vão sendo abertas as faculdades mentais e toda a nossa herança genética Divina guardada dentro do mental.

No momento em que somos emanados por Deus não somos mais que uma centelha viva e luminosa que pulsa continuamente. E, neste momento em que somos emanados pelo nosso Divino Criador, começa a atuação dos seus Tronos, pois somos atraídos pelos seus magnetismos mentais Divinos e somos ligados às suas ondas mentais, que passam a nos “alimentar” dali em diante e para sempre.

No momento em que somos ligados às ondas mentais de um Trono, um cordão energético começa a nos saturar com as suas energias mentais e estas trazem, em si, sua natureza Divina que nos imanta, magnetiza e individualiza lentamente para que, pouco a pouco, nós possamos “crescer” em todos os sentidos.

Os Tronos regem nossa evolução e são as Divindades responsáveis pela nossa natureza íntima e pela abertura das nossas faculdades mentais e nosso dons naturais herdados de Deus, o nosso Divino Criador.

O ato de acendermos velas (ver Magia das Velas) às divindades é benéfico e, se direcionadas aos Tronos, trazem um auxílio imediato, pois já temos ligações mentais com eles desde nossa emanação por Deus.

Assim sendo, os Tronos de Deus são as Divindades responsáveis pela evolução dos seres, aos quais regem religiosamente, sempre segundo as “feições” humanas que lhes têm sido dadas pelos sacerdotes das muitas religiões já semeadas na face da Terra.

Os Tronos transcendem nossas concepções humanas acerca deles porque são em si mistérios de Deus, sendo que cada um é uma das qualidades d´Ele e atuam em campos específicos da vida dos seres.

Uns são Tronos da Fé, outros são Tronos do Amor, outros são Tronos da Justiça, outros são Tronos da Lei, etc. Então, temos as hierarquias dos Tronos de Deus, cada uma responsável por um aspecto da criação e por um sentido da vida.

Temos sete hierarquias religiosas muito bem definidas ou sete linhas de ação e reação. Essas sete irradiações divinas correspondem ao Setenário Sagrado que rege o nosso planeta e suas muitas dimensões da vida aqui existentes, todas elas habitadas por bilhões de seres naturais, não encarnantes, que seguem uma evolução vertical e que nunca são adormecidos e não têm interrupção na aprendizagem, como acontece conosco, espíritos encarnantes.

Os muitos seres excepcionais que encarnam e fundam religiões aqui no plano material são espíritos que vieram diretamente das hierarquias divinas dos Tronos de Deus, que os enviam à dimensão humana para abrir novas religiões que mudam os nossos conceitos acerca d´Ele e tornam-se vias evolutivas para milhões de espíritos ainda paralisados pelas amarras terrenas, adquiridas quando viveram com intensidade as coisas do mundo material.

Pois bem, os Tronos têm duas vertentes, uma religiosa e outra mágica.

A vertente religiosa auxilia os seres por meio da fé e os guia em suas religiosidades, não importando qual é a crença seguida pelas pessoas. Eles transcendem as religiões estabelecidas aqui na Terra e cuidam de todos os seres gerados por Deus, sendo que muitos dos nossos irmãos nunca encarnam e seguem uma evolução chamada de “vertical” porque nela não existe o deslocamento para o nosso plano de vida.

Já a vertente magística caminha em paralelo com a vertente religiosa e auxilia os seres por meio de procedimentos mágicos aos quais as pessoas recorrem para a rápida solução de suas dificuldades.

Existem duas magias, sendo que uma é a religiosa e acontece sempre que uma pessoa vai a um santuário natural e a realiza ali, revestindo-se de procedimentos religiosos.

Quanto à vertente magística, ela tem seus procedimentos próprios e os Tronos têm uma escrita ou grafia específica, também denominada de “magia riscada” (ver Magia Riscada), pois é ativada a partir de pontos cabalísticos riscados com o giz ou pemba.

A vertente magística não ativa espíritos, pois é toda energética, magnética e vibratória e são suas irradiações vivas que agem quando eles são ativados magisticamente. Esta vertente mágica dos Tronos já vem sendo usada desde eras remotas, em que eles eram evocados com outros nomes, associados a divindades de culturas e religiões já extintas na face da Terra.

Toda magia tem que estar associada a alguma divindade e todas as divindades regentes religiosas provêm das hierarquias dos sete Tronos de Deus, que são os regentes da evolução dos seres.

Eis os sete Tronos de Deus :

· Trono da Fé – rege a religiosidade dos seres

· Trono do Amor – rege a união, a concepção da vida

· Trono do Conhecimento – rege o aprendizado e o raciocínio

· Trono da Justiça – rege a razão, o equilíbrio em todos os aspectos da vida

· Trono da Lei – rege o caráter, o direcionamento e a ordenação da criação e da vida

· Trono da Evolução – rege o aperfeiçoamento, as passagens de estágios evolutivos

· Trono da Geração – rege o criacionismo, a geração e a criatividade

Fonte: O Código da escrita Mágica Simbólica / Iniciação à Escrita Mágica Divina
Autor: Rubens Saraceni
Editora: Madras

quarta-feira, 19 de maio de 2010

FESTA PARA OS CIGANOS !!!!!!

Nesta sexta-feira teremos Homenagem ao Povo Cigano e Santa Sara Kali, a qual é um dos Tronos de Mãe Egunita, Senhora do Fogo Sagrado.

Mãe Sara é um Trono do Amor para o Fogo, eis mais uma das razões de sempre gostarem de ajudar nos campos do Amor e Prosperidade.



Quem nunca fez um pedido a Santa Sara Kali, desconhece a força dessa Divindade tão cultuada entre os ciganos...e quem já fez...JAMAIS a deixará de AMA-LA por toda a eternidade.

SALVE SANTA SARA!!!!!
SALVE O POVO CIGANO!!!!!!
SARAVÁ UMBANDA!!!!!!

SANTA SARA E OS CIGANOS.....

“Sara sara sara.

Minha santa padroeira é Santa Sara.”

santa gitana

Mês de maio é um dos meses dedicados a louvar essa nossa santa poderosa, protetora, Santa Sara. E é por agradecimento em ter saradas muitas feridas por intermédio dela que, aceitando convite especialíssimo da Carol, tentarei repartir um pouco do que vejo sobre ela e o povo que a louva, meu querido povo gitano.

Há muito mistério em torno da história de Santa Sara, mas a versão mais comum fala de uma mulher negra que, valendo-se de véus, salvou Maria e alguns apóstolos entre as ondas revoltosas da maré. Como alegoria, a maré, o barco, Maria e todas as ferramentas ciganas carregam muito significado.

Padroeira da gravidez problemática, Santa Sara protege também o nascimento em partos difíceis, daí envolverem em tecidos os pertences da mãe ou da criança que vai nascer e colocar nela o nome de Sara ou de um dos apóstolos envolvidos no episódio da barca. Colocar sobre as coisas da criança e da mãe um pedaço de tecido seria o mesmo que cobrir a delicadeza do nascer com outro ventre. Santa Sara aglutina várias referências à maternidade. Maria representaria, pela história, nós mesmos, homens e mulheres que carregamos no coração a possibilidade de salvar o mundo de seu sofrimento, navegando pela intempérie de viver num mundo turbulento, agitado, onde expiamos para crescer. E essa maneira de lidar com a dor tem no povo cigano sentido especial.

sevilanasEnquanto os gregos falavam em musas que intuíam, assopravam o que o artista faria, fosse ele escultor, poeta, músico, para o povo cigano, especialmente aqueles de origem andaluz, não é disso que nasce a arte. Para eles, o artista verdadeiro é aquele que tem e luta contra seu duende.

Duende é palavra que carrega inúmeros significados entre a cultura cigana, mas, se tentarmos reduzir aqui para explicar, duende seria um profundo incômodo, quase subterrâneo com o qual o artista briga para fazer seu trabalho artístico. E, estando ele tomado por esse duende, o espectador não pode e nem consegue pensar em outra coisa que não seja sua performance. Traço típico da dança flamenca, por exemplo. Fazer arte, então é, mais que isso, viver, então, é produzir beleza através da própria dor, da dor de ser, da dor dos ancestrais.

O soar das castanholas é outro símbolo importante. As ciganas subiam nas mesas para tocá-las bem alto quando havia invasores entre a caravana querendo atacar seu povo de alguma forma. Seduzidos pela dança, pelo som, não percebiam a fuga sorrateira do povo que queriam maltratar. E a figura cigana carrega em si nossa capacidade de mudar, nosso habitar temporário no mundo e nas situações que vivemos e a passagem breve de todas as coisas, a fugacidade.

Se sou cigano, vejo que os amores, o sofrimento, a alegria, os sabores, os trabalhos, os desentendimentos, a vida e a morte levadas em volta da fogueira não duram mais que o crepitar da última lenha na lareira, daí realçar ou atenuar seu devido valor. Não estabelecer moradia fixa é a aprendizagem de lidar com a extrema instabilidade da vida. Mas os ciganos dançam, bebem, fazem orações e aproveitam, como ninguém, sorrindo, a festividade de cada momento que é único e jamais se repetirá. E é por isso que nós, aprendendo com eles, devemos em maio, sair em romaria louvando La Gitana (como a chamam os Rom, família cigana, em Campinas) cantando em roda, mãos dadas, para pedir que sejamos a liberdade e a força que a gente carrega.

João Pires

PS: Iconografia gentilmente cedida pelo autor, incluindo, a belíssima sugestão do vídeo abaixo… Optchá!


domingo, 9 de maio de 2010

AMAR



O que significa exatamente amar?

O conceito do amor é tão distorcido no nosso mundo que podemos ficar confusos.

Amar não tem nada a ver com o nosso comportamento. Muita gente pensa que amar é falar com voz suave, é ser gentil, é ser simpático, é ser agradável. Entretanto, para amar, precisamos começar a nos conhecer melhor. Precisamos começar a notar que, de fato, temos um "eu" superficial e um "eu" profundo. O "eu" superficial é o ego e o "eu" profundo é a nossa essência verdadeira, o Cristo interior. Precisamos lembrar que o ego sempre fala primeiro e mais alto. Vem daí a necessidade de responder ao que outra pessoa está falando, antes mesmo que ela termine de falar - o que nos impede de realmente ouvirmos o que a pessoa está tentando nos transmitir. Essa é uma das versões do ego, que está sempre querendo se exibir ou querendo atacar ou precisando se defender.

A nossa primeira reação sempre vem do ego, embora ele também se manifeste primeiro naquelas pessoas muito quietas, naquelas que nunca dizem nada porque se sentem intimidadas ou inseguras. Essa é uma outra versão dele. A sobrevivência do ego está sempre baseada no medo. Às vezes nós passamos de uma performance tímida a uma de uma segurança excessiva de nós mesmos, ou seja, passamos de um extremo a outro sem deixar de atuar no nível do ego, sempre nos preocupando com o que as pessoas pensam de nós..., antes de começar a nos conhecer melhor.

Para termos uma expressão real de amor, primeiro precisamos encontrar a nossa verdadeira essência e deixar que ela floresça dentro de nós. Precisamos aprender a ouvir com o coração, a ver com o coração, a sentir com o coração – o ‘coração’ aqui representa a parte de nossas mentes que escolhe Deus como seu guia. Só assim vamos conseguir realmente escutar o que os outros têm a dizer, vamos poder sentir compaixão pelo próximo e poder apreciar o verdadeiro sentido do perdão e o alívio que ele pode nos trazer.

Quando nos damos conta de que sempre estivemos aprisionados pelo ego ao longo dos nossos enganos, começamos a perceber que isso também aconteceu com os outros, que eles não sabem o que estiveram fazendo tendo o ego como guia, do mesmo jeito que nós não sabíamos. Apenas dessa forma, tomando consciência disso, vamos conseguindo perdoar todas as pessoas e a nós mesmos concomitantemente. Isso é o mesmo que descobrir um mundo completamente novo dentro de nós mesmos, como uma revelação magnífica e esplendorosa. Quando começamos a perder o impulso de ‘ter que’ responder imediatamente a tudo e a todos, ou perder o medo de falar a nossa verdade, é um sinal de que o "eu" superficial está começando a dar espaço para o "eu" verdadeiro se manifestar.

No processo dessa aprendizagem, de deixar o “eu” verdadeiro se manifestar, será útil observar as palavras ou gestos que vêm à tona com muita rapidez. E em outros casos, observar o medo de nos expressar que vem à tona com enorme velocidade. O ego se manifesta de muitas formas e nós só começaremos a perceber os seus truques quando passarmos a observar constantemente o que está acontecendo dentro de nós mesmos. Vamos começar a descobrir o motivo dos nossos receios, das nossas preguiças, dos nossos medos mais escondidos, e essa revelação interior começará a produzir milagres em nossas reações e, principalmente em nossos relacionamentos. Ficaremos mais espontâneos, mais leves, mais alegres.

Um Deus amoroso não pode querer que façamos sacrifícios. Nós fazemos sacrifícios quando mentimos a nós mesmos que estamos amando: quando estamos agindo articulosamente, usando de artimanhas e manipulações para conseguir o que pensamos que queremos. O ego tem a mania de pensar que o amor é útil, porque assim, diz ele, conseguiremos o que queremos.

Nós aprendemos essas coisas no nível do ego, e, como ele quer sempre levar vantagem, a nossa vida acaba virando um sacrifício, porque temos que acabar fazendo e falando coisas com as quais realmente não concordamos. Nossos relacionamentos acabam por ser desastrosos, transformam-se em fontes de sofrimento. O sacrifício acaba quando o eu verdadeiro começa a vir à tona, porque começamos a renunciar às coisas que não vão nos fazer nenhuma falta, como a raiva, o medo, as frustrações. O ego quer sempre vencer, ele tem sempre que competir. O eu verdadeiro quer sempre encontrar uma solução onde todos possam sair ganhando. Nós vivemos num mundo aparentemente dominado pelo ego, por isso existem guerras, miséria e todos os males. Mas do mesmo jeito que as mentes são a causa dos problemas, também são a solução. Elas podem escolher mudar de ‘guia’ – escolherem Deus ao invés do ego.

A partir do momento que começamos a perceber que o bem e o mal estão dentro de nós mesmos, podemos começar a fazer escolhas diferentes.

O mundo do ego diz que o mal é sempre evidente demais e não pode estar em nós. O problema está "nos outros", eles é que estão errados. O ego quer nos fazer acreditar que somos separados uns dos outros, mas nós somos unidos em mente e, se somos unidos, temos que reconhecer que o problema que existe nos outros também existe em nós. Pode ser em grau menor ou maior, mas está presente em todo mundo. Portanto, a cura tem que partir de cada indivíduo, cada um de nós cuidando de si mesmo, dos próprios sentimentos, atitudes e pensamentos.

Deus está dentro de todos nós, Ele está sempre presente. Se estivermos conscientes de que temos uma parte de Deus em nós, ficaremos agradecidos e passaremos a escolhê-La com mais freqüência. Apenas dessa forma poderemos nos sentir confiáveis, amadurecidos e felizes. É nesse sentido que devemos amar. A extensão do amor se dá quando optamos por mudar a nossa forma de pensar, escolhendo Deus como nosso Guia.

Os problemas do mundo são apenas sintomas dos problemas de cada um de nós, por isso precisamos tratar a causa deles. Tratar a causa significa que temos que tratar de nós mesmos. Amor é sinônimo de paz e de liberdade interior. O amor verdadeiro vem junto com o perdão que abrange tudo e todos, incluindo a nós mesmos. Nesse estado não mais nos interessará querer controlar os outros. Amar é liberar. Amar é conseguir encontrar uma solução onde todos os envolvidos possam sair ganhando, porque isso traz a percepção correta de que somos unidos e não separados uns dos outros. Amar é desistir constantemente das nossas idéias preestabelecidas de como as coisas deveriam ser.

Amar é ser feliz, ao invés de ter necessidade de estar sempre com a razão. A partir de uma reflexão como essa, podemos deixar de rimar amor e dor como temos feito nesse nosso mundo.

GRUPO MERA

quinta-feira, 6 de maio de 2010

É PRAS ALMAS....EU ADOREI AS ALMAS....

Pretos-velhos na Umbanda

Pretos-velhos na Umbanda

Para falar dos pretinhos-velhos é preciso resgatar uma lamentável época da história da nossa colonização: a escravidão dos negros africanos. As grandes Metrópoles (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc.) subjulgavam suas colônias, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma.

No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII. Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubás; geges; hauçá; minas e malês. A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou-nos quatro séculos, do XV ao XIX, de exploração escancarada (entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas). Um contingente que constituiu uma parte considerável da população local.

Desse contexto, é importante perceber como seus cultos eram a forma dos escravos resistiam, simbolicamente, à dominação. A “macumba” era, (e ainda é!) um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos representavam maneiras de aliviar a asfixia da escravidão.

Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir – mesmo de maneira precária – uma união representativa da língua, do culto aos Orixás e aos antepassados e, tornaram-se, assim, um elemento de referência para os mais novos. Quem refletia os velhos costumes da Mãe África. Assim, eles conseguiam preservar e até modificar, no sincretismo, parte importante de sua cultura e sua religião.

Hoje, pensar na corrente das alma – essa linha tão bendita que, humildemente celebramos no mês de Maio – é o mesmo que pensar nessas milhares de espíritos que desencarnaram, cada qual, em situações bastante adversa, mas que hoje voltaram para a prática da caridade e do aprimoramento moral e espiritual. Até porque, muitos eram os que morriam precocemente, daí a missão desses espíritos em dar continuidade em seus adiantamentos, por partirem quando suas missões ainda não estava totalmente cumprida.

Muitos ainda, usando seu linguajar característico, praticando os sagrados rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem), costumes, tradições e cultura. A legião de espíritos chamados “pretos-velhos” foi formada no Brasil, como parte integrante e fundamental do Culto aos Orixás.

preto_velhoFormação da Falange dos Pretos-Velhos na Umbanda

Depois de mortos, passaram a surgir em lugares adequados, principalmente para se manifestarem. Ao se incorporarem, trazem os Pretos-Velhos os sinais característicos das tribos a que pertenciam. O dia em que a Umbanda homenageia os Pretos-Velhos é 13 de maio, que é a data em que foi assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos).

Eles representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.

Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião. São extremamente pacientes com os seus filhos e, como poucos, sabem discorrer sobre conceitos como karma e resignação como ninguém

Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos Pretos-Velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de Preto-Velho. Outros, nem negros foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo-forma. Assim como crianças, caboclos e outras Linhas de Umbanda. Esses espíritos assumem esta forma com o objetivo de manter uma perfeita comunicação com aqueles que os vão procurar em busca de ajuda assim, com essa identidade e afinidade.

O espírito que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão.

Para muitos os Pretos-Velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus desfazendo trabalhos. Também combatem as forças negativas (o mal), espíritos obssessores e kiumbas.

Características:

    • Linha e Irradiação: Todos os Pretos-Velhos vem na linha de Obaluaiê, mas cada um vem na irradiação de um Orixá diferente
    • Fios de Contas (Guias): Muitos dos Pretos-Velhos Gostam de Guias com Contas de Rosário de Nossa Senhora, alguns misturam favas e colocam Cruzes ou Figas feitas de Guiné ou Arruda
    • E um detalhe curioso: Essas cores são usadas porque, sendo os Pretos-Velhos almas de escravos, lembram que eles só podiam andar de branco ou xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos também a Guia de lágrima de Nossa Senhora, semente cinza com uma palha dentro. Essa Guia vem dos tempos dos cativeiros, porque era o material mais fácil de se encontrar na época dos escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os lugares.
    • Roupas: Preta e branca; carijó (xadrez preto e branco). As Pretas-Velhas às vezes usam lenços na cabeça e/ou batas; e os Pretos-Velhos às vezes usam chapéu de palha.
    • Bebida: Café preto, vinho tinto, vinho moscatel, cachaça com mel (às vezes misturam ervas, sal, alho e outros elementos na bebida).
    • Dia da semana: Segunda-feira
    • Planeta regente: Saturno
    • Cor representativa: preto e branco;
    • Saudação: “Adorei as Almas”
    • Fumo: cachimbos ou cigarros de palha.
      • Obs: Os Pretos-Velhos às vezes usam bengalas ou cajados.

Qualidade dos Pretos-Velhos:

agnes-do-santo2A linha é um todo, com suas características gerais, ditas acima, mas diferenças ocorrem porque os Pretos-Velhos são trabalhadores de orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência da irradiação do Orixá para quem eles trabalham. Essas diferenças são evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar e especialidade deles. Para exemplificar, separaremos abaixo por Orixás:

Pretos-Velhos De Ogum: São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes. São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de “choque”, mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas. São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e “medrosos”. É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso.

Pretos-Velhos De Oxum: São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é “chocar” e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado. São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela pessoa.

Pretos-Velhos De Xangô: Sua incorporação é rápida como as de Ogum. Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais. Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.

Pretos-Velhos De Iansã: São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas. Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá. Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual. Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas.

Pretos-Velhos De Oxossi: São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas. Esses Pretos-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo. Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc… São verdadeiros químicos em seus tocos. – Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior “químico” – Oxossi.

Pretos-Velhos De Nanã: São raros, sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada. Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo. Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça. Costumam se afastar dos médiuns que consideram de “moral fraca”. Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada. É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta. São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso karma, pois isso sem dúvida é a sua função. Atuam também como os de Inhasã e Obaluaiê, conduzindo Eguns.

pretos-velhosPretos-Velhos De Obaluaiê: São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral. Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros. Agarram-se a seus “filhos” com total dedicação e carinho, não deixando no entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma forma de amar. Devido a elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Pretos-Velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento. Como trabalha para Obaluaiê, e este é o “dono das almas”, esses Pretos-Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos. Sua “visão” é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal como profissional e até espiritual. Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo tudo que lhes for pedido, apenas confiando nesses Pretos-Velhos. Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta.

Pretos-Velhos De Iemanjá: São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga. Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares. Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as mulheres que desejam engravidar. Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes.

Pretos-Velhos De Oxalá: São bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos-Velhos. Cobram bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, bom corpontamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas.

Fontes de pesquisa e estudo:

* Sabedoria de Preto Velho – Pinheiro, Robson

* Livro dos Espíritos – Allan Kardec

* http://www.akcm.org.br/pai-joaquim.htmhttp://www.aevb.org/

* http://br.geocities.com/monazitica/pretosvelhos2.html

* Escravidão no Brasil, suapesquisa.com.br

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Alguns erros comentidos por Templos de Umbanda



Alguns erros comentidos por Templos de Umbanda


Como em toda família ou sociedade, estamos propensos a cometer erros. Não é só de acertos e harmonia que vivem os templos de Umbanda, existem erros que são praticados por alguns pais e filhos-de-santo. Sob um olhar critico, resolvemos relacionar os mais comuns e esperamos que os que lerem esse tópico concordem conosco. Esses erros tendem a gerar uma vibração negativa, vindo a desestabilizar o foco de equilíbrio:

::: Dar guarida a fofoca e comentários malediscentes. Lembrem-se que o ciúme é um dos maiores venenos que a pessoa pode ter;

::: Uso indevido de determinados elementos em determinados rituais e/ou uso de elementos estranhos ao ritual do culto;

::: Exploração financeira contra filhos da casa e/ou freqüentadores. A Umbanda não cobra qualquer incentivo financeiro ou material sobre seus trabalhos. Na Umbanda não se pratica a Lei de Salva, ou seja, não se paga por qualquer tipo de trabalho espiritual que venha a ser realizado;

::: Mau cumprimento dos preceitos pelos membros da casa;

::: Conduta imprópria ou desrespeitosa de membros da casa;

::: Atividades não relacionadas ao culto dentro do mesmo ambiente da casa;

::: Omissão de Socorro, pouco caso ou deboche daqueles que ali buscam auxilio;

::: Ciúmes pelo tratamento dado pelo Sacerdote da casa a um ou outro filho;

::: Tratamento a um filho da casa de forma exagerada ou excessiva em quaisquer circunstâncias pelo Sacerdote da casa;

::: Atenção dispensada de forma exagerada, ao Sacerdote da casa, pais/mães-pequenos(as) ou outros da hierarquia;

::: Falta de preparo dos filhos da casa nos ritos da casa;

::: Elevar um filho da casa para médium de passe, sem ele estar devidamente preparado;

::: Deixar desavenças de ordem particular interferirem nos trabalhos;

::: Não dedicar pelo menos um trabalho ao mês, ao desenvolvimento dos filhos da casa;

::: Não transmitir os ensinamentos adquiridos, compartilhá-los com os demais;

::: Agregar filhos apenas para fazer volume;

::: Tratar de forma diferente os filhos ou freqüentadores da casa, pelo poder aquisitivo ou pela atenção por eles dispensada;

::: Negar-se a auxiliar um filho da casa, quando o mesmo procura auxilio;

::: Não respeitar a vida particular do Sacerdote da casa, levando a ele problemas fúteis, fora da casa;

::: Confundir a liberdade dada;

::: Confundir Umbanda com Nação Nagô, Batuque, Catimbó, Juremada;

::: Candomblé, etc, etc, etc… Erros absurdos podem advir deste tipo de confusão. Valha-se do conhecimento dos fundamentos da Umbanda para poder ensinar aos demais;

::: Pensar que a entidade com a qual está trabalhando é sempre mais importante que as outras entidades que trabalham na casa;

::: Animismo excessivo, o que é extremamente prejudicial ao médium e à casa;

::: Aproveitar e interferir nas comunicações entre a entidade e o consulente, usando e aplicando seus próprios conceitos e exprimindo suas opiniões pessoais;

::: Nunca tomar a frente da entidade com a qual está trabalhando. Nunca pense que está incorporado, mas sim, tenha certeza disso antes de começar a trabalhar;

::: Demandar contra qualquer pessoa. Os filhos da casa devem ter consciência sobre a manipulação de energia. A Umbanda não utiliza sua magia para prejudicar quem quer que seja. A Lei Divina se encarrega para que todos tenham o que merecem;

Usar sangue ou sacrifício animal em qualquer tipo de trabalho. A Umbanda não se utiliza destes elementos para seus trabalhos. Não é sacrificando um animal ou usando sangue que se alcança a graça divina, pois nós não temos o direito de tirar a vida de quem quer que seja.

Mistificação. Abusar da credibilidade, enganar, iludir, burlar, lograr e ludibriar. MÍSTICO = misterioso ou espiritualmente alegórico ou figurado.

Adornos – estes objetos são geralmente de metal e podem causar distúrbios, visto que o médium necessita ter seus plexos nervosos isentos de quaisquer percalços que possam coibi-los em algo. E, também porque, a regra do umbandista é a simplicidade, nada de exibições, de vaidade e aparência fúteis. Casa espiritual não é casa de modas.

Roupas insinuantes. Deve-se ter consciência que ao adentrar o templo, você está adentrando uma casa santa. Deve, então, livrar-se de pensamentos pecaminosos, contrários aos trabalhos espirituais. Roupas insinuantes são absolutamente negativas e dispensáveis aos trabalhos de qualquer casa espiritual. Não é mostrando o corpo ou a silhueta que o trabalho será bem desenvolvido, mas sim, completamente ao contrário.

Aos médiuns iniciantes, não convém e é ato de pura irresponsabilidade chamar as entidades com as quais se está trabalhando fora da casa de trabalhos. Isto, além de irresponsável, pode ser extremamente perigoso, pois os médiuns iniciantes ainda não conhecem as vibrações energéticas das entidades e podem dar passagem a quiumbas ou afins sem saber.

É fato que os médiuns, ao se encontrarem nos dias de trabalho, direcionam suas conversas, muitas vezes até inocentemente, a rumos antagônicos ao desenvolvimento dos trabalhos da casa. É preciso que os médiuns tenham consciência que a preparação para os trabalhos começam à 0:00 hora do mesmo dia (pelo menos) e que conversas diversas que não são afim ao trabalho que será desenvolvido começam por desestabilizar o equilíbrio da casa.

Falta de conhecimento espiritual. As entidades valem-se do conhecimento dos médiuns para poderem se comunicar. Quando o médium pouco sabe, pouco estuda, as entidades pouco podem fazer pelo seu desenvolvimento e pelo próximo. Faz-se absolutamente necessário o estudo e a aquisição de conhecimento espiritual para atingir a própria evolução e, conseqüentemente, auxiliar as entidades em sua evolução espiritual.

O conhecimento é a base do bom viver, é a estrutura de uma vida de sucessos. Atentem-se senhores (as) médiuns, que o conhecimento nunca será em demasia e é a única coisa que fará parte de cada um.

As casas que possuem médiuns com alto grau de conhecimento espiritual, normalmente têm seus trabalhos muito bem desenvolvidos.

Excesso de problemas na desincorporação. Muitos médiuns têm um péssimo hábito de mostrar problemas excessivos na incorporação ou desincorporação, muitas vezes somente para mostrarem-se o quão forte são, o quão fortes são suas entidades e para tomarem um pouco mais de atenção do Sacerdote da casa. Lembrem-se, senhores (as) médiuns que uma entidade que chega ao templo para trabalhar é normalmente uma entidade com alto grau de evolução e nunca faria um filho sofrer principalmente durante sua desincorporação.

Descarregar o médium quando de sua partida não tem relação alguma com sofrimento deste. Estabilizar a energia do médium não é aplicar um choque.

É comum encontrarmos nos templos médiuns de outras casas ou até mesmo médiuns que não se encontram trabalhando espiritualmente, terem a chance de receber suas entidades durante os trabalhos da casa. Acontece em muitos templos em que os capitães, mostrando absoluta falta de conhecimento e discernimento, mandarem estas entidades “subir”. Notem que, se uma entidade passou pelo Sr. Tranca-Ruas, por todos os Exús que guardam a casa durante os trabalhos e por todos os Oguns que ali estão rondando para a proteção da casa é muito provável que esta entidade tenha permissão para adentrar o templo (por algum motivo). Interessante é o fato de alguns capitães de templo mostrarem que possuem um conhecimento maior que as entidades que ali estão trabalhando. É preciso tomar muito cuidado com a autoridade dentro de um templo.

Com entidades não afins ao trabalho deve-se mostrar energia e nunca desrespeito. Lembremo-nos que muitas vezes, durante os finais dos trabalhos, todas as entidades já sabem que devem deixar o recinto e desincorporar. Normalmente o que segura as entidades nos trabalhos são os próprios médiuns. Outras vezes faz-se necessário que a(s) entidade(s) fique(m) no templo para terminar de equilibrar o ambiente e os médiuns do trabalho, bem como os consulentes que ainda permanecem ali. Srs. capitães, muito cuidado com a autoridade para com as entidades e para com os filhos da casa. Um capitão de templo é aquele que detém bom conhecimento espiritual, é aquele que coloca ordem nos trabalhos e os conduz a um bom fim, nunca aquele que determina, dá ordens e abusa de sua autoridade.
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